Aprem do ribeirão feijão

A APREM do Ribeirão do Feijão localiza-se predominantemente na área rural. Abrange pequenas e médias propriedades, as quais utilizam a terra para a criação de gado e porcos, o plantio de arroz, feijão e milho, além de monoculturas de pinus, eucalipto e cana. Nessa área também estão o Bairro Jardim Novo Horizonte e um Parque Industrial, causando impactos ambientais no manancial associados ao uso impróprio do solo. É importante destacar que os impactos causados na APREM são percebidos pelos próprios moradores.

Mapa da Área de Proteção e Recuperação de Mananciais do Ribeirão Feijão

Fonte: Projeto AFLORAR – Espaços Educadores

captação do ribeirão feijão

A Captação de água do Ribeirão do Feijão foi inaugurada em 1971. O rápido crescimento da cidade exigiu a ampliação do sistema de abastecimento. Assim, em 1998, foi necessário construir uma nova barragem para aumentar a quantidade de água captada, fornecendo 35% da água potável para o Município.

nascente e junção

O Ribeirão do Fei­jão, com aproximadamente 13 km de com­primento, divide os municípios de São Carlos, Analândia e Itirapina. Suas primeiras nascen­tes ficam no alto da Serra do Cuscuzeiro, em Analândia, e sua foz no Ribeirão do Lobo, logo após a Represa do Lobo-Broa. Após a junção do Ribeirão do Lobo com o Ribeirão do Feijão, o curso d´água que se segue recebe o nome de Rio Jacaré-Guaçu.

nascente –  cachoeira da bocaína

Junção do ribeirão feijão com o ribeirão do lobo

Programa Escola da Floresta

O Sitio São João, localizado às margens do Ribeirão do Feijão, desde 1998 desenvolve projetos de conservação, preservação e res­tauração da mata ciliar e de recuperação das áreas degradadas.

Em 2007, criou o programa Escola da Flo­resta, que tem como propósito a preservação do Ribeirão do Feijão e de seu entorno, além de ser um espaço educador que oferece ro­teiros de visitas utilizando trilhas interpreta­tivas.

DE GERAÇÃO PARA GERAÇÃO

“(…) eu frequentava bastante o sítio para me divertir, passear e nadar nas águas do Ribeirão Feijão. Sempre foi um rio muito limpo. (…) Voltei depois de 20 anos e vi que havia uma degradação muito grande, (…). (…) não sabiam da importância de se preservar aquele recurso natural (…), porque era muito abundante, tinha muitas nascentes e todas em condições favoráveis para se usar e hoje eu vejo que era um desprezo pelo rio. Porque na época se criava porco na beira do rio e os porcos entravam no rio (…), era um barro só, sujeira de porco. (…) derrubaram muita árvore para poder produzir, para plantar milho, arroz, feijão e com a mudança do agronegócio eles deixaram de produzir, o que foi degradando, com grandes erosões. Hoje uma degradação que eu acho que existe lá é a monocultura da cana de açúcar que se expandiu muito e ocupou muita área que era de pasto, não que eles desmataram, mas era pastagem e muitas vezes tinha uma fauna e uma flora diferente que, com o uso de inseticida e a própria queimada da cana, não aparece mais como antes. ” – Sr. Flávio. Almeida, 2010.

ÁREAS DE APP DO RIBEIRÃO DO FEIJÃO

“(…) Então eu vi que tinha que ser feito alguma coisa (…) e precisaria proteger o rio para se ter essa água boa. Ai eu comecei a plantar árvores por minha conta, (…). 

(…) Fechamos o final de 2007 com cerca de 4.000 mudas plantadas e recuperamos toda a nossa área dentro do sítio. (…) Os nossos vizinhos aderiram, porque não adiantava só eu recuperando (…). De 2006 a 2010, foram cerca de 30.000 mudas plantadas em 8 propriedades nas margens do Ribeirão Feijão, então hoje a gente vê uma mudança muito grande, (…). (…) porque a área que tinha para plantar milho, arroz, feijão, hoje ninguém planta mais, hoje é criação de gado, que acaba não chegando muito perto do rio, (…) o pessoal tem seu reservatório no meio do pasto e o gado não chega até a beira do rio, o que causa aqueles afundamentos de solo.” – Sr. Flávio. 

ALMEIDA, Rita C. A História da Paisagem Contada pela Memória de Velhos: a História Oral como ferramenta para a recuperação da memória da paisagem do Município de São Carlos/SP. Universidade Federal de São Carlos, Departamento de metodologia de Ensino. São Carlos, 2010. (Relatório do projeto de PÓS DOC JR, bolsa concedida pelo CNPq).

Então eu vi que tinha que ser feito alguma coisa [sobre a Recuperação de APP – Sítio São João] e precisaria proteger o rio para se ter essa água boa. Aí eu comecei a plantar árvores por minha conta. No final de 2007 cerca de 4 mil mudas foram plantadas e recuperamos toda a nossa área dentro do Sítio. Os nossos vizinhos aderiram, porque não adiantava só eu recuperando. De 2006 a 2010 foram cerca de 30 mil mudas plantadas em 8 propriedades nas margens do Ribeirão do Feijão, então hoje a gente vê uma mudança muito grande”.

Mapa da Expansão Urbana na APREM Ribeirão Feijão

Fonte: Projeto AFLORAR – Espaços Educadores

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